A audição é um dos cinco sentidos do ser humano, e é através dela que a linguagem verbal é percebida e interpretada. É a audição que nos fornece informações sobre os acontecimentos do meio-ambiente e que nos permite formar vínculos sócio-emocionais, além de atuar como mecanismo de alerta e defesa contra os perigos que nos cercam.
A deficiência auditiva, popularmente conhecida como surdez atinge grande parte da população mundial, em maior ou menor grau e são diferenciadas pelo local da deficiência, seu grau de comprometimento e sua origem.
Assim sendo, é fundamental que os pais e os profissionais da saúde façam um bom acompanhamento do desenvolvimento da audição desde os primeiros meses dos bebês, principalmente aqueles que apresentam fatores de risco para a deficiência auditiva:
- Casos de surdez na família
- Síndromes e alterações genéticas
– Otites freqüentes
- Problemas durante a gravidez (rubéola, ingestão de medicamentos ototóxicos, etc.)
Observe a tabela abaixo e acompanhe o desenvolvimento do seu bebê:
Recém-Nascido | Despertar do sono, respostar reflexas (reflexo cócleo, palpebral, Moro, Startle)* |
3 a 4 Meses | Esforços rudimentares para virar a cabeça. Começa a inibição das respostas reflexas |
4 a 7 Meses | Localiza a fonte sonora somente para o lado. Esta fase coincide com a habilidade de se sustentar e virar a cabeça. |
7 a 9 Meses | Localiza a fonte sonora para o lado e indiretamente para baixo. |
9 a 13 Meses | Localiza a fonte sonora diretamente para o lado e para baixo. |
13 a 16 Meses | Localiza a fonte sonora para o lado, para baixo e indiretamente para cima. |
15 a 21 Meses | Localiza diretamente os sons para o lado, para baixo e para cima. |
21 a 24 Meses | Localiza diretamente os sons em qualquer ângulo. |
Maturação das Respostas Auditivas em Bebês de 0 a 24 Meses: (Northem e Downs , 1974)
*Reflexo cócleo-palpebral – piscar à presença de som.
Reflexo de Moro – reação corporal ao som: braços, pernas e dedos se esticam e cabeça volta-se para trás.
“Startle”: também conhecido como reação de susto.
Nas crianças mais velhas deve-se observar o volume em que eles querem assistir televisão, se pedem para repetir as perguntas com freqüência e se apresentam sobressalto com barulhos fortes.
É muito importante que este acompanhamento seja feito pelos próprios pais, pediatras e/ou fonoaudiólogos, pois é possível evitar que problemas graves venham a se instalar. O diagnóstico precoce é fundamental para um direcionamento na reabilitação da deficiência auditiva, ou seja, propiciar à criança e sua família uma qualidade vida cada vez melhor.
Fonte:
Salgado, 2000